Como Era Jogar Videogame Nos Anos 90 - História dos Videogames

 


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Jogar esse jogo, para mim, foi uma das experiências mais divertidas e competitivas dos anos 90. Nas minhas várias andanças através das infindáveis fileiras de barraquinhas de vendedores ambulantes, os chamados camelôs ou camelódromos, costumava me empenhar por algum achado significativo. Afinal, eram em locais assim que costumávamos buscar por alguma novidade. Eu e um primo meu éramos frequentadores assíduos das bancas de eletrônicos, de todo tipo de aparelhos desnecessários. Andar em meio às barraquinhas exigia um olhar atento, sempre ligeiro na esperança de encontrar alguma coisa útil. Ali tinha de tudo, desde acendedores para fogão até aparelhos de tv e sistemas estéreo. Mas o que nos interessava mesmo eram os cartuchos, ou, como chamávamos na época, as fitas de videogame. E não buscávamos por qualquer fita. O preço era alto, então a tacada tinha que ser certa. Ali tínhamos os populares jogos para o Nintendo 8 bits, ou mais exatamente, para os clones de nintendinho por aqui. Tinha também uma grande variedade de títulos para o Super NES. Não me lembro de ver jogos para o Mega Drive ou Master System. Mas é bem provável que alguns cartuchos importados para os videogames da Sega também fossem comercializados por ali. E já começavam a surgir alguns jogos em Cds. Em pouco tempo, o comércio de CDs piratas fariam sucumbir os sistemas baseados em cartuchos.


E num daqueles dias frios mas ensolarados de férias escolares de meio de ano, lá estava eu, dedilhando cartucho por cartucho naquelas pequenas caixas, banquinha após banquinha. Foi então que me deparei com um jogo que a muito estava curioso para conhecer. Que jogo era esse? Eu havia ganhado meu Super Nintendo a alguns poucos meses, e ainda não tinha jogado muitos jogos do 16 bits. Mas nos comerciais da tv dos programas matinais apareciam alguns jogos bastante interessantes. Nos finados programas de auditório, entrecortados por desenhos animados, um comercial se destacava entre outros, para todo jovem menino como eu. Era o comercial da Playtronic para o Super Nintendo Super Set. Imagens, uma após a outra, com os jogos de maior sucesso para o Super Nintendo, eram exibidas na tela da tv. E uma delas parecia me chamar mais atenção entre as muitas. Um jogo em que Mário pilotava um pequeno veículo motorizado. Um kart! Era muito colorido e com vários personagens dos jogos de Super Mario. E aqueles fundos com temática das fases de Mario World rodando no fundo eram deslumbrantes. Era um dos jogos que eu gostaria de experimentar.


Você já jogou Super Mario Kart? Este é o primeiro jogo da franquia, lançado para o Super Nintendo no ano de 1992. O jogo de corrida do bigodudo foi criado a partir de um projeto que deveria ter dado à luz uma continuação ao jogo de lançamento do SNES, F-Zero. Segundo a equipe que trabalhou na criação do primeiro Mario Kart, a sequência de F-Zero programada para ser lançada em 92 deveria contar com a inovação da jogabilidade multiplayer simultânea. Contudo, no decorrer do projeto perceberam que não seria viável um jogo com ecrã dividido para os circuitos com longas retas de F-Zero. Então a saída seria circuitos mais quadrados e curtos. Um dos participantes da equipe teve a sábia ideia de usar karts, veículos mais lentos que poderiam funcionar melhor nas pistas curtas. Então essa temática foi implantada. E depois de algum tempo de trabalho no novo jogo, alguém diz: e se o corredor fosse Mario? Aí estava a ideia que definiria o jogo: usar Mario, Luigi e sua turma como pilotos para os Karts! Nem preciso falar mais nada. O resto é história! Mario Kart se tornaria uma das franquias mais duradouras e queridas da Big N.

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