5 Portes para Master System Exclusivos no Brasil - História dos Videogames HDVG

 Olá… seja bem vindo ao canal História dos Videogames. Nesse episódio, que tem como base a matéria publicada no blog oficial TecToy no Brasil, vamos ver 5 portes exclusivos para o mercado brasileiro, um ótimo trabalho feito pela Tec Toy, que na época era uma empresa de brinquedos. Está preparado? Então, vamos lá!   



O Sega Master System foi nos anos 1990, e ainda é até os dias de hoje, um dos videogames mais populares no Brasil, e isso graças à parceria entre a Sega e Tec Toy, o que resultou em vários games lançados para os fãs brasileiros do aparelho, muitos deles exclusivos da Tec Toy para o mercado nacional. Muitos hoje adultos, ainda guardam belas lembranças dos tempos de trocar ou locar os cartuchos de Master, chamados fitas de videogame, dos mais conhecidos jogos, como, Castle of Illusion ou Jogos de Verão (California Games). Mas alguns dos maiores sucessos do Master por aqui, eram na verdade portes de jogos que tiveram seus títulos e personagens modificados para figuras bem conhecidas na época. Para conseguir isso, a Tec Toy criou dentro da empresa, um departamento secreto destinado exclusivamente ao desenvolvimento e adaptações de jogos, como mudanças nos sprites, ou traduções, e até mesmo a criação de jogos a partir do zero. Esse departamento trabalhava inicialmente quase que às cegas, utilizando engenharia reversa e sem apoio em transferência de tecnologia da Sega japonesa. Eles criaram softwares e aplicativos para debugar o game, passando para uma linguagem que facilitasse a localização dos códigos do texto. Esses textos não eram caracteres simples, eram imagens de letras desenhadas. Uma das dificuldades era trocar algumas das letras do alfabeto americano por letras e acentos que tinham no nosso alfabeto. Como por exemplo W por Ç ou Y por Á, entre outros. Mesmo com todos esses desafios, a Tec Toy conseguiu fazer um ótimo trabalho em adaptações de jogos para nosso mercado. Vamos ver agora 5 desses portes que se tornaram bem conhecidos pelos fãs do Master System no Brasil  


Mônica no Castelo do Dragão



A parceria entre a Tectoy e os Estúdios Maurício de Sousa se iniciou com o grande sucesso do brinquedo Estrelinha Mágica. Isso abriria as portas para a produção de um jogo estrelando uma certa baixinha e dentucinha bem conhecida dos quadrinhos pelo público brasileiro: Mônica.

A ideia de se fazer o jogo partiu da própria Tectoy, que levou a proposta para Maurício de Souza, que aceitou de imediato. O projeto era simples, ao invés de criar um título do zero, o que ia demandar mais tempo e trabalho, a empresa escolheu o jogo “Wonder Boy in Monster Land” lançado em 1987 para o Master, e reprogramou alguns visuais e textos, tudo com autorizada da Sega. E assim nasceu “Mônica no Castelo do Dragão”, lançado para o Master System em 1991. A mecânica do jogo é uma mistura de plataforma 2D com elementos de RPG, onde os jogadores controlam Mônica por 12 fases, cada uma recheada com monstros, itens e desafios próprios. E como todo bom RPG, conversar com os personagens não controláveis encontrados pelo caminho é algo essencial para obter informações valiosas sobre a sua missão.


Turma da Mônica em: O Resgate



O game “Mônica no Castelo do Dragão” lançado em 1991 como uma adaptação do original “Wonder Boy in Monster Land” foi um sucesso. Mas os fãs sentiram falta de uma coisa: a participação do resto da turma! Assim, para a sequência a Tectoy teve como objetivo colocar mais personagens dentro do jogo, isso resultou na aventura “Turma da Mônica em: O Resgate”, lançado em 1993.

Desta vez usando como base o jogo “Wonder Boy III: The Dragon 's Trap” de 1989, Mônica é sequestrada pela Capitão Feio e os seus amigos se alternam na missão de resgatá-la. O jogo é relativamente longo, mais de duas horas para quem já conhece e tempo maior para iniciantes. Apesar de não ser muito difícil, apresenta desafios na medida certa, com cenários extensos e labirintos para serem explorados com vários itens escondidos! Os gráficos e o visual do jogo original são muito bonitos e combinam perfeitamente com a Turma da Mônica, e fechando o pacote temos uma trilha sonora bem empolgante que deixa a experiência ainda mais emocionante. Estão presentes como personagens jogáveis Chico Bento, Bidu, Cebolinha, Magali e Anjinho, cada um com suas habilidades, características e equipamentos. O Cascão aparece como vendedor nas lojas espalhadas pelo jogo e o Franjinha como médico nas salas de saúde, onde é possível recuperar energia.


Chapolim versus Drácula: Um Duelo Assustador



Chaves e Chapolin Colorado são dois personagens criados pelo mexicano Roberto Gómez Bolaños, e super amados no Brasil desde sua estreia nos anos 80, fazendo deles duas escolhas perfeitas para um jogo nacional. A Tectoy escolheu o super-herói avermelhado baseado em uma espécie de gafanhoto vermelho encontrado no México, conhecido como chapulín para estrelar o jogo “Chapolim x Drácula: Um Duelo Assustador”, lançado em 1993.

Assim como os anteriores, o jogo é uma reprogramação gráfica e textual do jogo original “Ghost House”, lançado originalmente em formato de cartão para o Master System em 1986 – e posteriormente em formato cartucho, inclusive aqui no Brasil pela Tectoy. O game é desafiador, e para vencer você vai precisar de toda a sua astúcia, ter seus movimentos friamente calculados e não deixar que os inimigos se aproveitem de sua nobreza!


Geraldinho 



Geraldinho, personagem de tirinhas criado em 1985 pelo cartunista brasileiro Glauco Villas Boas, é uma versão infantil do famoso Geraldão, publicado pelo mesmo autor no jornal Folha de S.Paulo. O personagem original é um solteirão de 30 anos que mora com a mãe – com quem tem uma relação neurótica.

Já Geraldinho é um garoto maluco por refrigerante, televisão e sorvete que vive com seus amigos inseparáveis – o cachorro Cachorrão e o gato Tufinho – e que ganhou o seu próprio jogo – em uma adaptação do título “Teddy Boy” lançado em 1985.

Assuma o controle de Geraldinho e ajude o moleque travesso a combater os monstros com a sua pistola de raios! O botão 1 faz você pular e uma pistola de raios especiais é disparada ao apertar o botão 2. Acertar os inimigos que saem de caixas, transforma-os em itens que, quando coletados, somam pontos. Há também barricadas que podem ser destruídas atirando nelas algumas vezes, assim como as caixas com números que descem à medida que são atingidas, indicando quantos golpes são necessários até que quebrem.


Sapo Xulé Vs Os Invasores do Brejo



Sapo Xulé é um personagem criado pelo ilustrador Paulo José, inspirado na cantiga infantil “O sapo não lava o pé”. Um sapo que não tira o tênis por nada e que, por isso, tem chulé. Nosso amiguinho é um sapo boa vida, que ama seu tênis, adora treinar Kung Fu e pular na lagoa.

Em 1995 estrelou o game “Sapo Xulé Vs Os Invasores do Brejo”, uma reprogramação do jogo “Psycho Fox”, lançado em 1989 no Master System. O objetivo do Sapo Xulé é salvar a lagoa do tirano Sapo Boi e seu exército de girinos, moscas gigantes e outros monstros, que além de escravizar seus habitantes, também raptou Rãzinha, namorada do nosso herói.

Para salvar sua amada e deter um tirano cruel, o Sapo Xulé pediu a ajuda de PORCOPUM, RATOPULGA e TARTAFEDE, amigos inseparáveis que possuem fantásticas habilidades. Nesta batalha, ele conta ainda com uma incrível arma, o tênis-bumerangue, capaz de derrubar qualquer inimigo com seu chulé.



Já conhecia esses 5 fantásticos jogos adaptados para o público brasileiro? A Tec Toy não mediu esforços para transformar games que poderiam passar despercebidos em território nacional, e que acabaram por se tornar sucessos e exemplos de uma boa administração e marketing. O que acha desses jogos e do trabalho da Tec Toy nos anos 90. Deixe nos comentários e até o próximo!


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